sexta-feira, 22 de maio de 2015

Vereadores da CDU questionam a presidente da câmara

Vereadores da CDU questionam a presidente da câmara sobre as “Intervenções Territoriais Integradas” definidas para o concelho de Nisa no horizonte temporal até 2020.

Realizou-se a II Conferência “Políticas Públicas 2020”, promovida pela Unidade de Monitorização de  Políticas Públicas, na Universidade de Évora, onde fizemos questão de estar presentes.

Para além dos excelentes contributos dos diferentes oradores (Ana Costa Freitas - Reitora da Universidade de Évora; João Duque - Professor do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) da Universidade de Lisboa; Paulo Neto - Coordenador da UMPP - Unidade de Monitorização de Políticas Públicas da Universidade de Évora), António Costa da Silva - Vogal da Comissão Diretiva do Programa Operacional Regional ALENTEJO 2020 fez uma apresentação do supracitado Plano de Ação Regional, definindo as cinco áreas temáticas, de potencial regional (1- alimentar/agroalimentar e floresta, 2- ambiente, minerais metálicos e não metálicos, 3- turismo/património e cultura, 4- mobilidade inteligente e energias renováveis e 5- serviços tecnológicos especializados para a economia social). Referiu, depois, a importância dos mapeamentos que, entretanto, a Europa nos pediu, para que se identifique o que temos e o que queremos melhorar. Acrescentou, ainda, que estes são fundos estruturantes e exigem, da parte dos envolvidos, um cumprimento das metas, em 2018, na ordem dos 85%.

Isto faz-nos pensar, necessariamente nas questões que temos vindo a colocar sobre a nossa realidade e a pertinência da definição de “Intervenções Territoriais Integradas” para o concelho de Nisa.

Insistentemente, na Câmara e Assembleia Municipal, a CDU tem vindo a questionar o executivo PS sobre as opções estratégicas para o concelho de Nisa, no âmbito das políticas definidas para o desenvolvimento territorial do Alto Alentejo, num horizonte temporal até 2020. As não-respostas são constantes! A presidente passa ao ponto seguinte, ou divaga!

Atentos a esta realidade os vereadores da CDU  voltaram a levar o assunto à reunião de câmara de ontem, dia 20 de maio: afinal, que “Intervenções Territoriais Integradas” estão contratualizadas para o concelho de Nisa?

Resposta da presidente:

- “O assunto ainda não está encerrado, o executivo está a desenvolver todas as «démarches»”!!!

E passa ao ponto seguinte!

Esclarecidos?!

Nós também não!

O executivo PS estava a “pensá-las” em outubro (quando colocámos a questão na reunião de dia 15… Na altura, foi-nos dito pela presidente que estavam a ser pensadas, não nos foi dito quais eram as prioridades! E em novembro… e em dezembro… e em janeiro… e em fevereiro,… e estamos em maio e continuam a ser pensadas!

À data, a CIMAA já terá aprovado o que é considerado prioritário, em termos de NUTIII, e isso significa que o nosso concelho já tem definidas, exatamente, quais são as “Intervenções Territoriais Integradas”  que vão ser contratualizadas para Nisa!



Ora, considerando que, necessariamente, essas opções terão de fazer parte das Grandes Opções do Plano para o próximo ano,  não aceitamos que tenham sido definidas intervenções estruturantes para o concelho de Nisa das quais o executivo, na globalidade, não teve conhecimento, não tomou parte na discussão, impedido por um executivo PS que, não sendo maioria, insiste na obsessão cega por um protagonismo vazio e irresponsável!

domingo, 17 de maio de 2015

Sessão CDU em S.Matias

Hoje realizou-se na freguesia de S. Matias uma sessão de esclarecimento CDU. 
Estiveram presentes os dois Vereadores, presidentes de Junta de Freguesia, membros da Assembleia Municipal e muitos populares.

Vitor Martins salientou que o concelho não pode esperar mais tempo por soluções que não surgem, o nosso concelho precise se ser revitalizado com ideias racionais e ajustadas à nossa realidade. 
"... temos tudo para fazer do nosso concelho uma referência nas mais diversas áreas..." mas não basta praticarmos política, temos que acreditar, que procurar e que existir, e até ao momento o que está a ser feito é apenas uma lavagem de cara, que não resolve os problemas de fundo do nosso concelho, que não resolve os objectivos das nossas populações, é uma política irreal e baseada nas crenças de uma pessoa só.

A vereadora Maria de Fátima Dias acrescentou ainda que crer, o acreditar o agir são verbos que nunca devemos esquecer, mas só unidos e num projecto com dinâmica se podem acrescentar valores aos que já temos.
"...o património existe, ele representa o que foi o investimento feito pela nossa força política no passado, mas também sabemos que infelizmente o desinteresse em alguns equipamentos que a todos nós teve um preço, estão agora moribundos, pálidos e em constante devolução..." mas acreditar é por si só uma ideia, um sonho que ninguém consegue roubar. Vamos lutar e defender a nossa população sempre. São eles que nos elegem e que vão querer resultados no futuro próximo, e cá estaremos prontos a lutar por uma sociedade integra e unida.

Todos os presidentes de Junta relataram os problemas com que se deparam diariamente na sua freguesia, relataram as dificuldades que diariamente surgem  na resolução de problemas, acrescentaram que o actual executivo da Câmara está distanciado de tudo e de todos, e que em breve as suas posições relativas aos desinteresses criados pelo actual executivo serão alterados. A luta faz-se diariamente e de diversas formas.

Em relação à Assembleia Municipal, será reforçada a atenção aos detalhes menos evidentes, e que a frontalidade e questionamento cerrado dos nossos membros em relação aos mais diversos temas será visível num próximo momento.

Em breve será editado novo documento CDU e simultaneamente faremos também uma sessão de esclarecimento em local a divulgar.

Terminamos com uma célebre frase do nosso camarada Álvaro Cunhal que simultaneamente nos deixa em total reflexão, todos, mas todos conseguimos "transformar o sonho em vida".














Obrigado "Ti Bento"


Hoje foi um dia menos feliz para o concelho de Nisa, dia em que o antigo Presidente de Junta de Freguesia de Montalvão nos deixou, o "Ti Bento". 
Democrata, lutador dos direitos e deveres da população que presidia, homem de família e de grande carácter, era determinado e bastante humilde nas opções que sempre escolheu, amigo. 
Amigo de todos os que lhe reconheciam o trabalho, competência, incentivo, a amizade, mas amigo daqueles que também não o seriam, que não eram, mas que com ele privaram,discutiram e argumentaram para a construção de um Montalvão melhor, de um Concelho melhor.
Hoje uma nova estrela brilhará no céu, e sabemos que onde quer que esteja, que estará a praticar o bem e a lutar pela liberdade... 

Obrigado "Ti Bento"...







sexta-feira, 1 de maio de 2015

Saudação do 1º de Maio

Saudação do 1º de Maio

Hoje, é celebrado o 1º de Maio, um dos dias mais importantes para o trabalhador europeu, mas acima de tudo para o trabalhador português.

Assinala-se a importância do sindicalismo em prol da defesa do trabalhador, das condições de trabalho, na defesa de uma sociedade mais justa e solidária, porque dia após dia o país conta com milhares de cidadãos para evoluir e satisfazer as necessidades de um todo, de uma comunidade, de todos nós.

É um dia em que se afirmam os valores do sindicalismo, onde se alerta o governo para os problemas que os trabalhadores sentem, seja no local de trabalho, seja na defesa dos seus direitos, na necessidade de progredir e de ter mais condições para desempenhar a sua função, nos salários mais justos e adequados e acima de tudo pelo respeito que devem ter por parte do patronato.

Que seria de Portugal se não tivéssemos uma massa laboral, uma classe trabalhadora que não tivesse focada no progresso económico e no progresso social?

Hoje os trabalhadores têm melhores condições de trabalho quando comparado há 40 anos atrás, mas serão essas as condições ideais para um desempenho digno e honroso?

Os trabalhadores portugueses continuam afastados da média comunitária, quer em termos de salários, quer em termos de apoio legislativo. Sistematicamente as leis são derrubadas e violadas por governo e patrões que estão cegos pelo desempenho financeiro e com a representatividade das empresas na sociedade, esquecendo que por detrás de uma empresa, de uma autarquia, estão os braços que a erguem com força e em unidade. O capitalismo aproveita a crise para intensificar a exploração e enfraquecer quem trabalha. A situação nacional premeia esses mesmos efeitos, a desigualdade e regressão social percorre todo o país, mas os responsáveis têm um rosto, as políticas de direita não dão resposta às necessidades de Portugal, acentuamos problemas como o desemprego, a precariedade, os baixos salários e pensões, e os assaltos consecutivos pela alienação de sectores estratégicos como a luz, a água, as telecomunicações, as parecerias público-privadas de gestão ruinosa não oferecem alternativa concertada além de acentuarem o empobrecimento da população e trabalhadores.

Não devemos pautar apenas os problemas que assolam cada vez mais os trabalhadores portugueses, mas sim alertar para uma luta, uma concertação social trabalhista, onde reside uma necessidade de mudança em termos de combate à sinistralidade laboral, ao bem-estar físico e psicológico necessário ao desempenho das funções, e sim, apresentar propostas resolutivas e práticas que levem à mudança total e igual para todos os nossos trabalhadores.

 Há 125 anos atrás, mais precisamente a 1 de Maio de 1890, os trabalhadores lutavam por direitos como a redução do horário de trabalho, por melhores condições de trabalho, por um melhor salário. Em 1962, e durante a ditadura, aqui no nosso Alentejo mais de duzentos mil trabalhadores agrícolas fizeram greves e revoltas para um ajuste no horário de trabalho, para melhorar as condições de trabalho, para se mexer nos salários, e apesar de haver obstáculos, os mesmo obstáculos que hoje existem contra a expressão das liberdade, luta após luta conseguiram muitos dos direitos e deveres que hoje temos. Mas para continuarmos mais fortes temos que nos manter unidos e continuar a carregar o simbolismo que este dia transmite ano após ano. É um dia pejado de homens, de mulheres, de simbolismo e de conquistas, é o dia que nunca podemos esquecer, porque um dia alguém nos defenderá.

Em cada luta, em cada greve vitoriosa, em cada 1º de maio, viva o trabalhador,

Viva o 1º de Maio,

Viva o dia do Trabalhador!