sexta-feira, 1 de maio de 2015

Saudação do 1º de Maio

Saudação do 1º de Maio

Hoje, é celebrado o 1º de Maio, um dos dias mais importantes para o trabalhador europeu, mas acima de tudo para o trabalhador português.

Assinala-se a importância do sindicalismo em prol da defesa do trabalhador, das condições de trabalho, na defesa de uma sociedade mais justa e solidária, porque dia após dia o país conta com milhares de cidadãos para evoluir e satisfazer as necessidades de um todo, de uma comunidade, de todos nós.

É um dia em que se afirmam os valores do sindicalismo, onde se alerta o governo para os problemas que os trabalhadores sentem, seja no local de trabalho, seja na defesa dos seus direitos, na necessidade de progredir e de ter mais condições para desempenhar a sua função, nos salários mais justos e adequados e acima de tudo pelo respeito que devem ter por parte do patronato.

Que seria de Portugal se não tivéssemos uma massa laboral, uma classe trabalhadora que não tivesse focada no progresso económico e no progresso social?

Hoje os trabalhadores têm melhores condições de trabalho quando comparado há 40 anos atrás, mas serão essas as condições ideais para um desempenho digno e honroso?

Os trabalhadores portugueses continuam afastados da média comunitária, quer em termos de salários, quer em termos de apoio legislativo. Sistematicamente as leis são derrubadas e violadas por governo e patrões que estão cegos pelo desempenho financeiro e com a representatividade das empresas na sociedade, esquecendo que por detrás de uma empresa, de uma autarquia, estão os braços que a erguem com força e em unidade. O capitalismo aproveita a crise para intensificar a exploração e enfraquecer quem trabalha. A situação nacional premeia esses mesmos efeitos, a desigualdade e regressão social percorre todo o país, mas os responsáveis têm um rosto, as políticas de direita não dão resposta às necessidades de Portugal, acentuamos problemas como o desemprego, a precariedade, os baixos salários e pensões, e os assaltos consecutivos pela alienação de sectores estratégicos como a luz, a água, as telecomunicações, as parecerias público-privadas de gestão ruinosa não oferecem alternativa concertada além de acentuarem o empobrecimento da população e trabalhadores.

Não devemos pautar apenas os problemas que assolam cada vez mais os trabalhadores portugueses, mas sim alertar para uma luta, uma concertação social trabalhista, onde reside uma necessidade de mudança em termos de combate à sinistralidade laboral, ao bem-estar físico e psicológico necessário ao desempenho das funções, e sim, apresentar propostas resolutivas e práticas que levem à mudança total e igual para todos os nossos trabalhadores.

 Há 125 anos atrás, mais precisamente a 1 de Maio de 1890, os trabalhadores lutavam por direitos como a redução do horário de trabalho, por melhores condições de trabalho, por um melhor salário. Em 1962, e durante a ditadura, aqui no nosso Alentejo mais de duzentos mil trabalhadores agrícolas fizeram greves e revoltas para um ajuste no horário de trabalho, para melhorar as condições de trabalho, para se mexer nos salários, e apesar de haver obstáculos, os mesmo obstáculos que hoje existem contra a expressão das liberdade, luta após luta conseguiram muitos dos direitos e deveres que hoje temos. Mas para continuarmos mais fortes temos que nos manter unidos e continuar a carregar o simbolismo que este dia transmite ano após ano. É um dia pejado de homens, de mulheres, de simbolismo e de conquistas, é o dia que nunca podemos esquecer, porque um dia alguém nos defenderá.

Em cada luta, em cada greve vitoriosa, em cada 1º de maio, viva o trabalhador,

Viva o 1º de Maio,

Viva o dia do Trabalhador!





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